O lado canhoto do peito
onde reside um certo cujo
coberto por osso carne e pelo
vai ser amassado para reciclagem
Nessa manhã
uma cor reverbera nas mãos,
é a sangria escorrendo de uma lata de refrigerante
Escuto o discreto eco das marteladas pela cidade
e dois terços das manobras políticas erradicando sei lá o que
O portão aberto
e um carro de som anuncia:
“Perigo”
_Nas ruas
a senhora Hibridez anda à solta!
Nas manchetes do dia:
"Literata morre de tristeza num motel"
"Em Tiradentes
a tela de projeção "pega fogo",
carbonizando a frágil plateia-cult"
"Professores de arte reivindicam
menos poesia"
"Avó aposentada
acorrenta o vício da neta
no pé da cama"
. . .
Eu crente nesse mundo...
Eu crente nesse mundo...
E um movimento-carente estudantil
ao me ver comprar aquele jornal,
grita:
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