João Cabral
"Vinicius de Moraes faz poesias para embalar o leitor, enquanto eu a faço para jogá-lo no chão"
Certo dia Cabral parou para escutar alguma coisa do Vinicius com Jobim. Na quarta música, eis que surge novamente a palavra "coração". Não se conteve e pê da vida: "Ô Vinicius, não dá para trocar de vícera, não?"
Uns versos com rins, sinusite, dores de cabeça, estrias, sabão...
"O artista, embevecido, penteava a metáfora, trocava uma palavra, bordava outra imagem, tudo no varejo do verso, e não no atacado do poema." Para Murilo Mendes.
Lendo essas críticas do Cabral e mais alguns troços, pensei logo em todos esses blogs e sites inchados de devaneios hormonais, abstrações, romantismo, metáforas, fantasias, o mundo da lua e etc e tal...
E o que anda faltando nessa atual "poética do cocô mole estrelar", é pedra! Não a de Drummond, mas uma que faça o poeta distraído cair com a cara no chão engolindo terra goela abaixo.
3 comentários:
poética bossa nova
procurando bem se acha algo do vinicius que não fica em coração em bunda em praia, procurando bem...
e jogos de palavras tbm Lucas
tudo hj tem uma pa[lavra] com mais de um sem-tido é um saco
Concordo.
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