De lá pra cá tenho exatamente algumas horas
e por muito menos alguns
prolixos talheres
O espaço se fez
dos lados de qualquer armação
as colheres que ao pôr-do-sol não previam o sabor,
saturadas de calma
ressoam antigas mordidas
lembrei daquela procissão acesa em seu jeito
buscava suprir um mal
que ao calar podia descarrilhar qualquer entidade
eram os azes
e entre um e outro
um infectado jogava cascalho nos trilhos
vacilando a grande maquina
Daqui de cima segue dançando enfermidades lindas da alma
e alguns canários...
minhas tardes retorcidas de esporas e jugular
e o leite a talhar entre a janela e a rua
Ontem a Av. Misericórdia com o contorno Esbugalho
cantaram "Envelhecer sem controle"
Ah meu amor,
Essas poças!...
Esse nado ancorado sem você