Salvador Dali
Em meio ao solilóquio harmônico
De um escritor de Castella,
Algo rompe no espaço
A concentração quase didática
De meu ouvido.
Um ritmo forte num tempo constante
Embalou-me com sua serenidade.
A respiração compassada de meu cão
Derrubou-me do pedestal de minha prepotência,
Igualando-nos à condição de dependentes do oxigênio.
E na sala de estar,
Um acompanhado do outro,
Compartilhamos a solidão da noite
E o elemento vital que nos une
E nos consome.
Norambuena.
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