pic. Lucas FL. |
Foguete solitário
bomba de ar
estovaína espalhada por entre crateras
Sem rotas adágios anos-luz
no espaço
no telescópio
um diáfano
um tiro dois sétuplo
Fendas
farelos de astros
um bolso rasgado no vácuo
o infarte lógico
trincas perto de Marte
Um céu?
Não.
Eu diria,
um pombal óptico
um oco de cores feito de pequenos habitats
onde vivem os bi-sujeitos
e
o
Glaviusrito
(ave predadora
cuspidora de enxofre
que gorjeia verbalmente:
“tudo-obscuro-sangriluz-langroias”
Sopro descarrilhado
trapéziofônico
melodia canceriana)
No horizonte
meteoros cheios de retinas currando algumas órbitas
bumerangue passeando
e uma alcateias de redemoinhos uivando
Na praça central
um astronauta em transe
monumento fragmentado
que perdeu um dos cotovelos
ruína espacial
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